quinta-feira, 30 de maio de 2013

Pontuação


Quando leio textos alheios,
Não sei se escrevo feio ou devaneio.   
Quero mostrar o que me parece bonito
Me deixar pontuar o infinito.

Quero eliminar os guardiões da escrita
E mostrar que escrevendo, sou desenhista.
Quero colocar pausa,
Encher de graça a palavra e  lhe dar asa.

Vou pontuar o percurso
Iluminar o  escuro
Correr livre pra  alegria
Inebriar de  luz e euforia
Eu e você... Sem ponto final
Sem regras, sem moral.


Élida Regina 


domingo, 26 de maio de 2013

Escolha

Tem horas  que a gente se perde na bagunça das peças que envolvem a vida. Um emaranhado de coisas nos envolvem e nós prepotentes de nós mesmos, achamos que estamos no controle de tudo, mas infelizmente muitas coisas fogem de nossa vista e controle. Temos nossas escolhas e metas bem traçadas, tudo caminhando como o planejado e eis que surge uma peça inesperada. O que fazer? A partir da peça inesperada, traçar uma nova meta e fazer novas escolhas. Caramba! Mas não é isso que fazemos a todo instante?! Não  sei porque tanta indignação de minha parte com essa peça! Ah, Élida, faça-me o favor!

Élida Regina

sexta-feira, 24 de maio de 2013

Brigite, a enfezadinha!

Brigite era cheia de pose. Nunca sorria, tinha uma fala embrutecida, sempre com o pavio na venta. Quando se punha a falar era um discurso esbravejando sua fúria e ódio, com sua vida e todos que estavam a sua volta. Provocava sentimentos ambíguos nas pessoas. As vezes o público de seu discurso caia na gargalhada, outras vezes, era um constrangimento generalizado.
Brigite dava aulas de matemática para jovens e adultos. Tinha uma turma, onde os alunos tinham em media quarenta anos e eram questionadores. Reclamavam de tudo e de todos. Nenhuma aula era boa, nenhum professor era legal, não conseguiam aprender nada, e além disso estavam sempre metidos em confusões. Era a turma do barulho, literalmente.
Inicio de semana, segunda feira, Brigite, mal humorada como sempre, e sem vontade nenhuma de trabalhar, vai até a sala de aula e encontra aquele buchicho. Não diz nem boa noite, começa escrever na lousa enquanto o auê acontece  em suas costas. Ela finge que não vê e nem ouve.
O buchicho era por conta da pintura que havia sido feita na sala de aula, no final de semana. Os alunos consideraram que o cheiro de tinta estava forte, podendo os fazer mal. O representante de sala, sem pedir licença  à professora, foi até a direção, avisar que estavam se sentindo mal por conta do cheiro. A direção disse que tomaria providências. Brigite fingiu que não estava vendo nada. Os alunos, ansiando voltar pra casa, diziam que estavam cansados do dia trabalho e ainda questionavam porque tinham que ficar naquele cheiro forte de tinta que fazia a cabeça doer?!
A solução veio um pouco diferente do que eles pensavam, então eles NÃO perceberam que era a providência da direção. Faltavam uns quinze minutos para finalizar a aula de Brigite, que não havia aberto a boca, nem dirigido o olhar para a sala. Continuava a escrever na lousa, quando o  inspetor chegou na porta, pediu licença  e disse:
— Pessoal,  peguem o material e vão para a sala de vídeo!
Eles rapidamente guardaram tudo e foram. Brigite cheia de ódio, também foi. Chegou na sala de vídeo e não disse nada, continuou emburrada e sentou.
Todos os alunos olhavam pra ela e ela os encarava com um olhar matador. Faltavam dois minutos para finalizar a aula quando um corajoso perguntou:
— Professora, não vai passar um filme pra nós?
Ela enfurecida com a pergunta, respondeu com muita raiva, soltando fogo pelas ventas:
— Eu já estou vendo um filme, e se chama... O INFERNO DA MINHA VIDA! 
O sinal tocou. Fim da aula. Momento oportuno para ela se retirar  e outro buchicho começar.

Élida Regina

quinta-feira, 23 de maio de 2013

Sessão Musical - Ana Cañas

Hoje a vez é da cantora e compositora Ana Cañas, que já foi considerada pela crítica uma promessa para a música brasileira. A cantora teve contato com a música após os vinte anos de idade  e já tem três álbuns gravados. O primeiro álbum foi gravado em 2007, com o título "Amor e Caos", onde traz influencias de jazz e MPB, além de nos mostrar suas belas composições. O Segundo álbum "Hein?" de 2009, vem com a influencia do jazz, da MPB, do rock e reggae.  Ainda tem parcerias com Arnaldo Antunes, participação de Gilberto Gil e seu maior sucesso "Esconderijo". Seu terceiro álbum "volta" foi lançado em junho de 2012, todas as canções foram gravadas ao vivo com direção de iluminação de Ney Matogrosso. Esse trabalho foi todo produzido por ela. Sua voz é linda e tudo é minuciosamente cuidado com muito bom gosto. 
Não deixe de apreciar!!






Élida Regina

quarta-feira, 22 de maio de 2013

Sessão Musical - 5 a seco



A primeira vez que ouvi, foi numa propaganda no canal Multishow, do música importa, onde eles deixavam um trecho da música tocar, sem descrição de quem era, apenas o áudio. Foi assim, que os ouvi pela primeira vez e fui correndo pesquisar quem era. 
Eles são jovens violonistas, que revezam na bateria e no contra-baixo, com talento e dedicação. 5 rapazes que compõem, tocam, cantam e encantam. Leo Bianchini, Pedro Altério, Pedro Viáfora, Tó Brandileone e Vinicius Calderoni. 
Com pouco tempo de estrada, eles já gravaram com o consagrado Chico César, Lenine e também com Maria Gadú. Suas Músicas podem ser ouvidas por outras vozes da Nova MPB. 
As primeiras apresentações do grupo foram feitas de forma restrita, mas foi parar nas redes sociais e eles acabaram tendo o reconhecimento de seus talentos. Por isso, foi lançado o DVD "5 a seco ao vivo no auditório do  Ibirapuera". É mais um grupo que compõe a Nova geração da MPB (música popular brasileira). Juntos ou separados!

Não deixe de apreciar!



Élida Regina

O Rouxinol

Élida Regina


Um pássaro cantante chegou na minha vida. Cantou e encantou. Me inspirou  a pintar esse rouxinol. Marcou uma ruptura. É a fresta entre a tristeza e a alegria. 
Já cantou Milton Nascimento:
♫"Rouxinol tomou conta do meu viver, chegou quando procurei razão pra poder seguir."♪
Comigo também foi assim!



Élida Regina

segunda-feira, 20 de maio de 2013

Coisas e amor de irmãs

Eu e ela brincávamos de maneiras diversas. Me lembro claramente de sua humildade em tudo. Todas as brincadeiras que eu propunha, ela aceitava. Era doce e sempre demonstrava seu amor por mim. Eu... já era o oposto, nada humilde. Tudo deveria ser como eu queria, senão... Eu batia, gritava, chorava. 
É estranho pensar nessas coisas. É como se eu estivesse agora, me observando na infância, da sala da minha casa. Não gosto do que observo. Vejo as dificuldades que tinha pra expressar sentimentos bons. Sempre que eu brigava com ela, me sentia mal. Sabia que não merecia minhas crueldades. Ela não esquece que me juntei com umas amiguinhas e ficamos falando baixinho porque a menina disse que ela era fofoqueira. Eu deveria ter defendido, mas não conseguia ver o todo. Simplesmente, entrei na infantilidade. Afinal, eu era uma criança.  Ela nunca esqueceu todas as vezes que eu a bati. E eu também não esqueci a primeira vez que ela revidou a minha crueldade, me dando um chute bem dado na canela.  Lembro de nós nos defendermos. Ninguém podia mexer com ela que eu me manifestava. Uma vez eu até escrevi uma cartinha para responder as provocações, mas não deu muito certo porque a pessoa levou a carta pra minha mãe. Aí já viu! Resultado: punição para as duas. Se minha mãe se manifestasse contra nós, nos uníamos contra ela, não que isso adiantasse alguma coisa. Tudo confidenciávamos e se fosse preciso também nos chantageávamos. 
— Se você não fizer isso pra mim, eu vou contar pra o pai o que você fez!
Essas frases sempre existiam entrem nós. Sem contar, que eu a traumatizei por assusta-la no escuro dizendo:
— Olha a bruxa! kkkkkkkkk - Ela chorava... 
Era ela que sempre me ouvia, me abraçava quando eu chorava de tristeza, me entendia e dizia que eu devia ser cientista. A vida foi passando, e cada uma se moldando a sua maneira, cada uma em suas fases e escolhas, mas continuamos a ser confidentes, amigas, companheiras. Hoje, entre nós, há as recordações e  a aceitação da outra exatamente como ela é. 
Se eu tivesse que escolher uma irmã, com certeza escolheria você. Você veio pra minha vida sem escolha. E dizem por aí, que as amigas são irmãs que escolhemos. Você é a irmã que escolhi como amiga. Eu sei, que eu posso contar e confiar em você pra tudo! Eu Te Amo Demais!

 À Elaneida


Élida Regina

sábado, 18 de maio de 2013

O arquiteto e a moça da papelaria



Lá vem ele, tranquilo andando pela rua, feição serena, ninguém imagina quem ele é. Ninguém sabe que ele oferta por aí a indiferença e que cada pessoa que se aproxima, sente a dor de ingerir uma grande quantidade de gelo de uma vez. Cheio de pompa, desfilando sua arrogância em poses e vestimentas de insolência, tentando outros diminuir. Caminha tranquilo, exalando hostilidade e despertando o ódio (em mim).

Ninguém sabe o que ele fez com a moça da papelaria.  Moça simples, mas com sentimentos extremistas, sempre com vertente pro bem. Não entendia o que era malfeitoria e caiu na armadilha, do moço do desdém. 
Chegou com a doçura do açúcar, cheio de candura, com a cara de pau mais dura que eu já pude conhecer e perguntou:

— Não consigo encontrar os lápis para desenho. Pode me ajudar? sorridente ela respondeu.
— Claro! Qual a numeração que o sr. quer?
— Ah! Por favor, pode me chamar de Ricardo.—ela sorriu, meio sem jeito.– Quero o número 9, por favor.
— Aqui está! 
— Obrigado! Como posso lhe chamar?
— Luiza.
— Obrigado Luiza, foi muito gentil! – ela simpática e sorridente, respondeu:
— Por nada, volte sempre e quando precisar me procure!
— Procurarei! - respondeu olhando em seus olhos.

Seguiu em direção ao caixa. Enquanto seguia pensava na beleza de Luiza. Pagou o lápis e seguiu em direção ao escritório.

Ricardo Paiva era um arquiteto reconhecido, que por um relapso da funcionária, acabou precisando ir a papelaria. Não era algo que ele fazia. Não era gentil no seu dia a dia. Era um ambicioso desmedido. No escritório, enquanto desenhava e criava, era interrompido pela lembrança da moça da papelaria. 

No final do expediente, Ricardo, no caminho de volta pra casa, dirigia seu carro no transito infernal de São Paulo, como se ele estivesse no 'automático'. Começou a tentar encontrar uma desculpa, para que ele pudesse rever Luiza. Pensava, em espera-la na saída da papelaria, mas não sabia que horas ela saia. Até aí é fácil, pensou ele, posso ligar e perguntar a que horas a papelaria fecha, mas, o horário dela pode ser diferenciado. Pensou em pedir para um funcionário perguntar discretamente, mas ele não poderia se expor dessa maneira.  Entre uma ideia e outra, ele não sabia porque a inquietação diante da beleza de Luiza, afinal,  ele convivia com mulheres belíssimas, cultas e interessantes. Não demorou muito para despertar em seu pensamento a pergunta que demonstrava sua mesquinhez. 

Como eu, E-U, posso estar eufórico por conta de uma simples funcionaria de uma papelaria? Com certeza sua vida é medíocre, nada tem a oferecer , deve ser um objeto oco. Isso passa!-Em voz alta ele concluiu seu raciocínio.
— Tenho que fazer caridade! - continuou a pensar em como rever Luiza.
Enquanto Ricardo convive com as interrupções de Luiza em seu pensamento, ela tranquila transita entre papéis, lápis e tesouras. Não tem grandes preocupações com o futuro, se sente feliz sem grande infortúnio.
Luiza Rodrigues, esse é o seu nome, exala tranqüilidade. Sua vida segue uma maré tranquila, sempre na mesma rotina. Acorda as seis e meia, usa quarenta minutos para sua higiene pessoal, em cinco minutos toma uma xícara de café, que sua mãe preparou e as sete e quinze, ela sai. 
Caminha dezoito minutos até a papelaria. As sete e trinta e três ela entra na papelaria e segue até a área restrita para funcionários, onde ela coloca seu uniforme, se arruma e segue ao atendimento da papelaria as sete e cinqüenta e oito. Oito horas em ponto, lá está ela pronta para começar. Todos os dias a mesma rotina.Vivendo assim, Luiza nem desconfiava que marcava presença em uma mente asquerosa. 
Dificilmente Luiza se encantava por alguém, mas sempre que pensava no futuro, a via vivendo bem. Viver bem pra ela, era uma vida simples. Era chegar a velhice acompanhada. Com filhos, um lar simples pra descansar e nenhum problema de saúde pra atrapalhar. 
Já havia se passado nove dias, desde o dia que Ricardo apareceu na papelaria. Se sentia incomodado, por tantos dias sem ter conseguido encontrar com ela. Mas, seu plano já estava traçado. Todo mundo sabe como o egoísmo fere. Ricardo estava disposto a ferir com o seu. Não conseguia pensar em mais nada, que não fosse ele mesmo. Pra ele, Luiza era um objeto vazio, onde ele poderia usar. Não conseguia imaginar nada bom nela. Mal sabia ele, que embora ela fosse simples, ela era demasiado humana. Sempre prestativa, guerreira, não deixava que qualquer coisa a derrubasse. Vivia para sua família. 
Como eu já disse, ela exalava tranqüilidade. Mas não é por isso, que estava isenta de agitações e problemas.Chega então, o problema pra vida de Luiza.
Saindo da papelaria, ela nem imaginava que Ricardo (nome que ela nem lembrava mais), estava a sua espera. Ele havia estacionado seu carro a quinze metros da papelaria e ficado na banca de jornal, disfarçando, lendo por umas duas horas. Da forma mais óbvia, ele se aproximou dela. 
Carregando algumas revistas que havia comprado na banca, quando a viu sair atravessou correndo como se não a tivesse visto. Por sorte dele, ela vinha na direção que ele estava, então, foi fácil esbarrar nela e derrubar todas as revistas. (Essas cenas que aparecem em filmes e muitas mulheres quando vivem isso na vida real... Suspiram)
Quando Luiza viu as revistas no chão, imediatamente pediu desculpas, sem olhar em seu rosto, e abaixou para ajudar a recolhê-las. Foi aí que ele começou a agir.
— Luiza?!
Ela olhou espantada e em algum segundos lembrou do seu rosto.
— Se lembra de mim? 
— Você esteve na papelaria há alguns dias. Eu me lembro sim! Sorriu.
— Tudo bem com você? Que coincidência esbarrar contigo! 
— Tudo bem! Pois é... Me desculpe!
— Ah! Não precisa se desculpar, a culpa foi toda minha! Está indo pra casa? Perguntou subitamente pra não deixar ela escapar.
— Sim, estou indo pra casa! Não lembro o seu nome...
— Luiza... esqueceu o meu nome? Isso é grave, afinal, eu não esqueci o seu.
— Me desculpe, mas são muitos clientes na papelaria.
— Posso desculpar, mas se você aceitar tomar um café comigo. - Luiza achou estranho. 
Ela não via beleza nessas cenas cinematográficas, consequentemente, não suspirava como muitas mulheres, com essas falsas coincidências.
— Me desculpe, mas estou muito cansada. Quem sabe numa outra oportunidade? 
— Ah! Vamos lá! Prometo que não vai demorar! - olhava em seus olhos com ternura (uma falsa ternura, mas até aí ele atuava bem).
— Sinto muito. Tenho minha família a minha espera.
— Ah, não seja tão dura comigo, sou uma pessoa bacana. Você vai gostar de me conhecer.
Luiza se focou na palavra conhecer e achou interessante integrar alguém a sua história. Meio sem ânimo, ela disse:
— Tudo bem... Vou ligar para minha família e dizer que chegarei mais tarde.
— Ótimo! 
Enquanto Luiza fazia a ligação, ele aguardava ao lado eufórico, confiante que sua astúcia iria funcionar. Tudo estava arquitetado, afinal, arquitetura era sua especialidade. Mesmo sendo clichê, suas palavras eram convincentes.
— Pronto! Podemos ir. - disse ela de uma forma simpática.
— Meu carro está a alguns metros daqui.
— Tudo bem! Vamos...
Caminharam juntos até o carro e enquanto caminhavam ela descobriu seu nome e que era arquiteto. Em cinco minutos de carro, chegaram a um café. Lá, ele se mostrou encantador à Luiza. Mentiu e mentiu muito. Se mostrou uma pessoa simples, prestativa, totalmente do bem.
Ela que nunca se encantava. Se encantou. Entre conversas, risos e olhares, um café e outro, ele sentia que seu objetivo estava sendo atingido. Ela, nem desconfiava que estava sendo laçada por um plano maldoso. Acontece, que ele também não imaginou, que Luiza era encantadora. Diferente do que ele pensou, ela não era um objeto oco. Os dois ali, naquele café, se envolviam num encantamento, que tudo já não soava tão falso. Mas, não podemos esquecer, que Ricardo se mostrou o melhor dos humanos. Embora, ele não fosse assim no dia a dia, com ela, ele sentia que era real. E o tempo foi passando enquanto eles sorriam. 
Quando ela olhou em seu relógio, viu que já estava tarde, e disse:
— Ricardo, foi muito bom estar aqui com você, mas preciso ir. Está tarde e trabalho logo cedo!
— Lamento, mas te acompanharei até a sua casa.
— Tudo bem! Aceito a oferta!
Seguiram. No caminho, Luiza orientava a localização. Quando chegou, ela agradeceu,  deu um beijo caloroso em seu rosto e desceu.
Ele, extasiado, seguiu, sem acreditar que fora surpreendido! Afinal, ela não parecia um objeto vazio.
No dia seguinte, ao acordar a primeira coisa que ocorreu em ambas as mentes, foi um ao outro. O dia prosseguiu como de costume, cada um a sua maneira, mas cada um com o pensamento no outro. No fim da tarde, Ricardo sentia vontade de falar com ela. Foi aí, que impulsionado pela ansiedade, ligou na papelaria.
— Oi Luiza, me desculpe te ligar, mas precisava ouvir a sua voz!
— Que bom que ligou! Mas da próxima vez, pode ligar no meu celular. - Passou o número, marcaram o segundo encontro.
No mesmo dia, se encontraram envoltos em ansiedade e desejo. Os dois já desconfiavam que estavam apaixonados.  Se encontraram em frente ao café. Não esperaram nada. Ao cruzarem os olhares, os sorrisos e os braços se abriram. Enlaçaram-se um no outro e beijaram-se com ardor. Nenhuma palavra foi dita.
Ao notarem o que havia ocorrido, caíram na gargalhada, felizes!  Luiza o surpreendeu, dizendo:
— Vamos pra um lugar mais reservado?
Ricardo a puxou pela braço, se sentindo o mais felizardo de todos os homens! Foram ao hotel mais chinfrim da cidade e nem se incomodaram com o cheiro de mofo que inebriava o lugar. Se amaram com gemidos, sussurros e declarações. Depois, se olharam e confessaram um ao outro que estavam apaixonados. Riam muito. Transbordavam seus excessos. Nesse momento nada importava, nada era levado em consideração a não ser os dois e aquele mágico momento. 
Já se passava dois meses de pura alegria, carícias e afins. Ricardo ligava varias vezes ao dia para conversar, sempre doce e amável. Marcava os encontros sempre em frente ao café. Uma vez e outra, ligava na ultima hora para desmarcar, por compromissos inusitados. Luiza nunca entendia o que era, mas não se incomodava. 
Num sábado de abril, Luiza  estava de folga e logo que acordou recebeu a doce ligação de Ricardo. Ligou pra ela, dezoito vezes nesse dia. Todas as vezes, reforçava o encontro que teriam a noite. Chegou o momento. 
São oito horas da noite e ela segue até o café. Não o encontra. Aguarda... Liga em seu celular, mas ele não atende. Ela começa a se preocupar, várias catástrofes passam em sua mente. Já se aproximava às nove horas quando ela recebeu uma mensagem de texto, que dizia:

           DEPOIS EU TE LIGO!

Luiza, que sempre ficava tranqüila, se irritou profundamente e começou a ligar. 
Ele, simplesmente não atendia. Ela então, decidiu prosseguir a conversa por mensagem de texto:

LUIZA: está tudo bem?
RICARDO: não estou me sentindo muito bem!
LUIZA: mas o que você tem?
RICARDO: não tenho vontade de sair de casa!

Ao ler tal mensagem, foi tomada por uma lucidez. Naquele instante, ela pode perceber que Ricardo escondia algo. E mesmo que doesse, precisava tomar uma decisão  importante.  Por mais que ela fosse uma moça simples, tinha suas convicções do que não queria pra si. Escreveu pra ele: 

LUIZA: Nesse momento acabo de perceber que existe algo estranho em você. Não é a primeira vez que você me dá indícios, mas só agora pude perceber o quanto você é mesquinho. Definitivamente não é isso que eu quero pra mim.
RICARDO: Não te pedi opinião nenhuma sobre mim!

Ela, teve certeza que acabara de tomar a decisão correta. Não o veria nunca mais. 
Seguiu do café até sua casa, triste, engolindo o choro e lamentando a paixão ser tão fugaz. Chegou em casa e se deitou, pronta pra dormir do mesmo jeito que estava, pra esquecer a dor que a afligia. As lágrimas começaram a molhar seu rosto e travesseiro. Abraçada a tristeza, dormiu. Mas, algumas horas depois, foi despertada pelo som do telefone celular. Quando pegou o telefone, viu que quem ligava era Ricardo e imediatamente desligou. Mas, ele insistiu, e ela atendeu. Era uma hora e trinta e cinco minutos da madrugada.

— Alô.
— Não quer falar comigo?
— Não temos mais nada pra conversar.
— Olha, eu saí pra caminhar e pensar. Concluí, que você é uma pessoa incrível e gostaria muito de tentar algo com você. Eu sei que eu não fui legal com você, mas gostaria que me desculpasse.
— Eu desculpo! Mas definitivamente você não é a pessoa que eu quero na minha vida. Você demonstrou a falta de respeito que você tem por mim hoje, só que, eu me respeito.
— Você  acaba de me entristecer.
— Sinto muito.

Ricardo realmente achava Luiza especial. Mas sua arrogância e ambição falava mais alto.

Passaram-se dois dias e Ricardo telefonou pra ela:

— Oi, estou ligando só pra dizer que quero muito que seja feliz. E talvez comigo não seja  possível.
 — Não se preocupe. O que mais quero é ser feliz. E SEREI!

Continuaram se tratando educadamente, deixando claro que a paixão acabara, mas podiam se comunicar. Ele continuava a ligar pra ela, como se fossem bons amigos. Perguntava como estava e fim.
Alguns dias depois da relação cordial, ele ligou pra ela, lamentando o fato de tê-la perdido e disse que faria tudo para tê-la.  E continuou:

— Luiza, eu preciso vê-la! Quero que esteja em frente ao café em uma hora.
— Me desculpe, mas não irei! - respondeu ela.
— VOCÊ VAI! - gritou ele e desligou o telefone.

Ela ficou meio surpresa com a reação, mas já tinha sua decisão. Passou meia hora e seu telefone tocava ininterruptamente. Quando ela atendeu, ele disse aos berros:

— VOCÊ NÃO ME ATENDEU POR QUE?
Ela não acreditava que aquela pessoa era a mesma que ela havia conhecido. Sentia a sua voz agressiva, sentia que se não fosse por telefone a conversa, provavelmente seu físico seria atingido por essa agressividade. Ela, nada respondeu.
— Já estou chegando, onde você está?
— Já disse que não vou! Acabou! -disse ela.
— Não... Você só pode estar tirando uma com a minha cara! Quer saber? Com você, tudo que rolou foi sexo. E dos piores! Você não é mulher pra mim mesmo! Você é oca, uma vagabunda, sem classe!

Luiza ouviu isso, sem acreditar que era real. Infelizmente era. Ela foi se desligando, sentia sua pressão desaparecer e disse com uma voz bem calma:
— Tchau Ricardo! - desligou o celular, retirou o chip e jogou no lixo, simbolizando o fim de uma paixão intensa. 
Ela, sentia uma profunda dor por cada palavra escutada.
Ele, sentia raiva por cada palavra dita, mas seu orgulho e arrogância não permitia uma tentativa de concerto. Afinal, ele era isso!
Ela, extasiada, não acreditava no que vivera. Jamais imaginou passar por tamanha violência. Se recompôs e foi ser feliz.

Ele, entre sorrisos e abraços, comprimentos com afagos, lá está ele fingindo que se importa, representado o bom da corja. Entre aquela gente, que o outro nem sente e sempre mente, pra reverter, tudo que de fato é. Todo eloquente vomitando palavras que o favorecem, mascarando, sua verdadeira identidade. Circula com ar de caridade, sem ninguém perceber sua maldade.

Élida Regina

Um Mês de Existência

Hoje este blog está completando um mês de existência. E o que eu tenho a dizer é o seguinte:
A vida é importante pra cassete! Pra mim, sempre foi um negocio seríssimo!
Sempre vivi como se estivesse num filme. Imaginava  que um dia todos veriam a minha história numa imensa tela.  Tudo que eu senti, vivi, sinto e vivo, vejo de uma maneira grandiosa. Instantaneamente, já imagino compartilhar isso com o mundo! Tá... É muita pretensão, eu sei! Mas o que dá sentido a vida é o significado que damos a ela, então...

Comigo mesma, lamento o fato do momento jamais ser reproduzido. Uma reprodução, sempre será outro momento. Não carrega consigo as mesmas emoções do real acontecimento. Mas mesmo assim, deixa marcas através da história, e o que eu vivi, considero meu registro no mundo. Por isso, hoje eu registro. Não com vídeos, mas com palavras. Mesmo sabendo que é difícil compartilhar com o mundo, não deixei de lado essa pretensão. Até porque, todo ser é um mundo.

Mesmo que a reprodução, aos olhos de quem não viveu seja perfeita, pra quem viveu e vive, nunca será exatamente o que foi. Mas pode ser belo, comovente, reflexivo e ânimo para os olhos alheios. Como pode ser também o oposto de tudo isso. E como se não bastasse, temos uma porção de coisas boas de volta. Essa troca é humana. 

Escrever tem me feito muto bem, me incitado a curiosidade, me acalmado. Mesmo que esse canal, seja tímido diante de minhas pretensões, quase sem seguidores, ainda assim, tem tido um número de visualizações que me alegra e eu estou super otimista. Por isso, aqui estou eu, nesse primeiro mês de blog, super feliz com o bem que ele (e vocês) me tem feito!


OBRIGADA!

Élida Regina


sexta-feira, 17 de maio de 2013

Sessão musical- Camila Honda

Há pouquíssimo tempo descobri o talento de Camila Honda, uma cantora paraense, dona de uma voz belíssima e arranjos agradabilíssimos.  Lamentei o fato de não existir ainda uma discografia e nem suas musicas no iTunes. Mas em seu canal no youtube, podemos ver seu bom gosto estético e musical.  Com certeza, é mais um talento da nova MPB conquistando seu espaço. Interpreta várias canções da música brasileira com uma originalidade  e doçura impar. Vale a pena acompanhar!

Sua descrição no canal do youtube nos diz o seguinte: 

"A artista Camila Honda experimentou diversas linguagens em sua trajetória. Dança, artes visuais... Música! Sua primeira apresentação como cantora aconteceu em 2008, acompanhada pelo pianista Paulo José Campos de Melo. A partir daí, participou de projetos musicais ao lado de artistas como Fabrício Cavalcante, Tom Salazar Cano, Felipe Cordeiro, entre outros. Em 2009, fez parte do grupo musical Cordão de Bruta flor, junto a Thales Branche e Armando de Mendonça, reinventando canções populares em clima de festa e poesia. Em 2010 participou do elenco do musical português "O que faz falta?", embalado por canções de Chico Buarque de Holanda, sob a direção de Cláudio Hochman, em Lisboa, onde participou também da gravação do EP do compositor francês Thomas Pellegrini. Atualmente, Camila participa do projeto do compositor paraense Renato Torres, intitulado Vida é Sonho, e dá início ao seu primeiro trabalho solo, como cantora e compositora, produzido por Felipe Cordeiro."

Aprecie a música Tamba-tajá no link a seguir: http://www.youtube.com/watch?v=UBBnTDe2keE

Até breve!!

Élida Regina


quinta-feira, 16 de maio de 2013

À vida com amor...




Quando encontrei o sentido da vida, que sempre se apresenta pelo outro, quis essa experiência com a dimensão do infinito. 
Quando cansada da vida, me deparei com a placa ESTACIONE, parei, mudei tudo de lugar  e prossegui cheia de vigor.
E quem decide que a vida não vale a pena, é porque a dor ocultou seu  sentido. E a vida sem sentido é um objeto estático, sem função.
Tantos sentimentos revigoram a vida! Mas quando esses sentimentos revigorantes estiveram ausentes, desejei a morte. Mesmo assim, abri a porta, para a entrada de novas sensações, que me fizeram perder a impressão da ausência de mim mesma.
Quando amei a vida, não teve mais volta! Bastou uma vez amá-la, para lutar por ela. E mesmo quando me senti insatisfeita, bastou um toque de amor, pra tudo colorir! E se eu sentir que a vida está ameaçada, logo darei um jeito de protegê-la, mesmo que seja, a minha própria maneira.  O isolamento, só quero se for na ilha que se chama "outro". Quero ficar louca de amor e transbordar como o leite fervido, de amor recebido. 

Élida Regina 

quarta-feira, 15 de maio de 2013

Os abusos do couvert artístico e da taxa de serviço em bares, restaurantes, casas noturnas e afins

Vivemos no país dos abusos. Dessa vez, minha indignação está relacionada a bares, restaurantes, casas noturnas e afins. Que o Brasil não valoriza a arte e o talento, todos sabemos. Mas não dá pra engolir as leis e a exploração escancarada, que atinge funcionários e clientes. 
Em cada estado a cobrança da taxa de serviço é  de uma forma. Bom, no estado de São Paulo, o cliente não é obrigado a pagar a taxa de serviço. O que dá uma abertura para o empresário lograr seus funcionários. O que acontece com muita freqüência. Muitos clientes não questionam o funcionário, não pergunta se o valor é repassado. Eu sei que muitos funcionários, coagidos, acabam dizendo que sim, mesmo que isso não aconteça. Mas é importante demonstrar que estamos ligados. Já no Rio de Janeiro, a cobrança é obrigatória e o repasse aos funcionários também. A taxa não pode passar de 10% do valor de consumação. 
Outra questão, que me indigna na mesma proporção é o couvert artístico. A lei que vigora na maioria dos estados brasileiros, diz que a cobrança do couvert artístico, quanto feita, deve estar visível para os clientes e também deve estar fixado o contrato de trabalho com o músico. Infelizmente, muitos acordos são feitos de forma verbal e a maioria da pessoas não sabem como funciona essa lei. Couvert artístico só pode ser cobrado em casas fechadas que tenham música ao vivo ou outro tipo de apresentação artística. O objetivo da apresentação artística é atrair a presença de clientes, fazer prazerosa sua estadia no ambiente e consequentemente aumentar o consumo. Com isso, o empresário já está lucrando. Mas, a lei diz que o pagamento do artista pode ser de forma pré- fixada ou repasse integral do cover artístico.  Muitos empresários fixam um valor baixíssimo e lucra, muitas vezes, noventa porcento do cover artístico. Isso é ou não é uma abuso? O empresário  já está lucrando. Não tem necessidade desvalorizar o artista  desse jeito. Está em discussão mudanças para essa lei, com o objetivo de melhorar tanto para artistas como para clientes. No mês de março foi aprovada a lei que regulamenta o couvert artístico em Uberaba. Foi publicado no dia 26 de Março no JM online o seguinte:

"A cobrança de couvert artístico em Uberaba seguirá regras previstas no projeto de lei de autoria do vereador Afrânio Cardoso Lara Resende (PP), que foi aprovado ontem pela Câmara. Três emendas modificativas garantiram a constitucionalidade do PL e permitiram sua votação, já que inicialmente a Comissão de Justiça, Legislação e Redação deu bomba à proposta. 

As emendas estipulam, por exemplo, que os estabelecimentos comerciais deverão informar sobre a cobrança de couvert artístico e seu valor, além de assegurar que os recursos serão repassados integralmente aos músicos. Os bares, restaurantes e similares que ofereceram música ao vivo também terão que informar os clientes quanto ao horário de início e fim das apresentações e, portanto, da cobrança pelo serviço. E mais: todo e qualquer artista que fizer uma performance nesses locais terá direito a alimentação e bebidas não alcoólicas, bem como a um local adequado para o descanso. "

Que essa atitude se expanda para o resto do país. Vamos sondar a ação dos empresários, conhecendo os nossos direitos. 

Aqui tem uma entrevista falando sobre os direitos dos consumidores em Sao Paulo, acesse: http://g1.globo.com/economia/seu-dinheiro/noticia/2012/09/conheca-os-direitos-do-consumidor-em-bares-e-restaurantes.html


SEGUE OS DIREITOS DA NOITE PROTEGIDOS PELO CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR

I) - Consumação Mínima * II) - Couvert Artístico * III) - Gorjeta Obrigatória * IV) - Comanda * V) – Entrada * VI) - Furtos


I- CONSUMAÇÃO MÍNIMA 

A cobrança só é permitida se a casa fornecer cupons referentes ao valor que não foi gasto. Exemplo: o cartão de consumação estipulava um gasto mínimo de R$ 30 e o freguês gastou apenas R$ 15. O cliente tem 30 dias para voltar ao estabelecimento e gastar o restante em bebidas ou lanches.

A mesma lei proíbe a cobrança, nos casos de perda da cartela de consumo, de valor cinco vezes superior ao do ingresso ou correspondente a mais de um quilo de alimento comercializado. 

Segundo Paulo Maximilian, professor de Direito do Consumidor da EMERJ e da Universidade Estácio de Sá, o correto é apenas cobrar a entrada. Ele alerta que a cobrança de entrada com direito a bônus de consumação também é uma forma de consumação mínima. 


II) - COUVERT ARTÍSTICO 


Trata-se de venda casada qualitativa, proibida no artigo 39 do Código Brasileiro de Defesa do Consumidor. Só é válido nas casas que oferecerem músicas ao vivo ou alguma outra atividade artística em ambiente fechado. A casa deve afixar em local visível o contrato entre os músicos e o estabelecimento.


III) - GORJETA 

O pagamento não é obrigatório nas casas que não possuem acordos coletivos com o sindicato dos garçons (a maioria). As empresas que possuem devem apresentar comprovantes. Seu cálculo deve ser feito sobre o valor real consumido e nunca sobre a taxa de consumação mínima. Nenhuma casa pode cobrar mais do que 10% (dez por cento).

De acordo com a lei estadual do Estado do Rio de Janeiro, aprovada em setembro de 2003, é obrigatório o pagamento de 10% sobre as despesas efetuadas em bares e restaurantes a título de gratificação dos garçons, quando o valor estiver na conta. A lei determina ainda que o valor seja repassado integralmente aos garçons. 
Nos demais Estados, quando não houver lei que discipline a matéria, a gratificação é espontânea. Não há lei federal nesse sentido.



IV) - COMANDA

Em caso de perda, o Consumidor não deve ser responsabilizado pela uma multa. Trata-se de cobrança ilícita, o que exime o cliente de pagamento. 

É comum nas casas noturnas a exigência de indenização prévia em caso de perda da “comanda” pelo consumidor, que não deve pagar por ser uma prática abusiva – não é permitido ao fornecedor estimar seu prejuízo. Ao contrário, a obrigação de comprovar o valor do gasto pelo cliente é de responsabilidade do estabelecimento. 
Portanto, se perdeu a “comanda” e, na saída, o cliente sofreu constrangimento, exposição ao ridículo, ameaça, ele poderá ingressar em juízo e pedir indenização por danos morais, além de recebimento em dobro daquilo que foi cobrado indevidamente. E mais, deve registrar denúncia junto ao órgão de defesa do Consumidor para a aplicação de eventual sanção administrativa.

V) - Entrada

De acordo com o Procon, as casas noturnas só podem cobrar uma taxa. Se for cobrada a entrada, estão proibidas as cobranças de consumação mínima ou couvert artístico.



VI) - FURTO

Ainda não há entendimento pacificado no Judiciário sobre a responsabilidade do estabelecimento comercial pelo furto de objetos pessoais do consumidor.
Mas o assunto já mereceu algumas decisões reconhecendo a responsabilidade do estabelecimento comercial (bar, restaurante, casa noturna, supermercados) de indenizar por furto, quando o mesmo oferece um serviço de guarda de objetos. 
Por outro lado, outras já admitem que, se o Consumidor foi atraído pela oferta de segurança, o estabelecimento comercial poderá ser obrigado a reparar os prejuízos ao cliente por furto ocorrido em suas dependências.
Em qualquer situação o Consumidor pode ingressar em juízo, pretendendo a responsabilização do estabelecimento comercial pelo furto de seus objetos.

Élida Regina