segunda-feira, 10 de junho de 2013

Solidão a mais de um

Eu já disse que o isolamento só quero se for na ilha que se chama OUTRO. Mas, ando revendo como seria esse outro. As relações humanas são tão complexas, que mesmo sabendo que não quero viver  no isolamento, o contato com outras pessoas me torna aflita.
O que acontece? Demandamos força para manter um relacionamento humano com alguém e de repente... estamos sós! Uma sensação que causa dor a muitos, alguns esperneiam por isso, outros choram por não se sentirem amados, por não terem seus sentimentos correspondidos. Só pra lembrar, estou falando de relacionamento humano, independentemente da forma que vincula.
Não é nada agradável, quando estamos quase explodindo de felicidade por algo, queremos comemorar e  quando olhamos pro lado... ninguém! Nenhuma pessoa, que você pensou que estaria feliz também, está  lá! Ou numa situação mais comum, quando estamos tristes ou numa situação difícil, precisando de alguém e a unica pessoa que você pode contar é você mesmo.
Dialogando sobre isso, uma pergunta me foi feita: Se você estivesse numa situação que pudesse "salvar" a vida de apenas 3 pessoas, quais seriam as pessoas e quais seriam seus critérios de "salvação"? Não dá pra negar, que é uma questão que nos deixa num dilema muito grande, mesmo sendo uma situação hipotética. Além de nos mostrar que existe uma eleição de prioridade de queridos, tanto de nossa parte, como de outras pessoas.  A situação ainda nos incube a difícil (ou impossível) missão de preservar a vida de alguém sem egoismo. Até por que, a vida tem sentidos diferentes para cada um, não posso pensar apenas no que eu gosto e as pessoas que quero mais perto de mim para tomar uma decisão assim. É difícil não errar!
Ando pensando sobre o bem  que a solidão me traz e coincidentemente, no meio dessa reflexão  me foi apresentado Rainer Maria Rilke, que tem uma opinião muito valorizadora da solidão. Ele discorre sobre ela, mostrando como podemos nos humanizar nos momentos que estamos sós. Estar sozinho  e se focar pra dentro de si, pode te trazer resultados maravilhosos. As pessoas podem, inclusive, independentemente do gênero, ter a experiencia de dar à luz. Ele me diz o seguinte:
"Mesmo que se engane, o desenvolvimento natural de sua vida interior há de conduzi-lo devagar, e, com o tempo, a outra compreensão. Deixe a seus julgamentos sua própria e silenciosa evolução sem a perturbar; como qualquer progresso, ela deve vir do âmago do seu ser e não pode ser reprimida ou acelerada por coisa alguma. Tudo está em levar a termo e, depois, dar à luz."
Ouvir estas palavras me reconforta e me põe numa reflexão. Estou eu a pensar a solidão com o outro?

Élida Regina

sábado, 8 de junho de 2013

Delírio



Minha mente e meu corpo trabalham em ritmos diferentes. Quero tudo pra ontem, planejo uma coisa aqui, analiso outra ali, executo uma coisa aqui e quando faço o balanço, percebo que meu corpo não fez a parte que lhe cabia.

Será que há algo desconexo? Desconfio que sim! O corpo não é comandado pela mente? Entendo que, minha mente está orientando meu corpo. Está ou não está? Hum... Será? Ela anda me enganando... Acabo de constatar!

Esse corpo tem uma rebeldia cravada em suas carnes. Confesso que a rebeldia me alegra! Afinal, essa carne é uma parte minha, e saber que eu me rebelo contra mim mesma, me enche de orgulho!
Estranho isso, não é? Me faz voltar na questão da contradição.

Se quero algo, se preciso de transformação, preciso também que minha mente e meu corpo estejam em harmonia, trabalhando coletivamente para o resultado esperado. Mas se eles divergem entre si, fica difícil!

É bacana pensar que cada um age por si. Mas não é! Sabe por que? Um depende do outro para se fazer existir. Se minha mente cria e meu corpo não auxilia na execução, ambos, são obra e carne mortas.

O existencialismo me ensinou, que posso ser imortal. Como serei imortal com unidades tão desconexas? Se não me faço existir, nenhum vestígio meu sobrará sobre essa terra. Portanto, meus queridos, corpo e mente, tratem de entrar em acordo! Todo mundo terá que ceder!

Élida Regina

Sessão Musical - Vanessa Moreno


Conheci a lindíssima voz de Vanessa Morena, exatamente aqui, na internet. Me encantei pela sua musicalidade. Pra mim, ela é uma espécie de Esperanza Spalding brasileira, com muita originalidade. Refinada, cheia de charme... Encantadora! Fiquei extremamente feliz ao ouvi-la cantar "nota de falecimento", composição do amigo Daniel Pessoa (um músico maravilhoso, que em breve falarei dele aqui. Por enquanto, vocês podem visitá-lo no youtube ou no itunes). Vanessa faz parceria com o baixista Filipe Maróstica. 






Um blog da própria Vanessa (me parece desatualizado), nos conta um pouco de sua trajetória musical. Segue:

"Vanessa Moreno estudou canto erudito na “Escola Municipal de Música” (2006) em São Paulo e com 19 anos, em 2007, ingressou no curso de canto popular da antiga ULM (Universidade Livre de Música Tom Jobim), onde em 2008 participou do “III Festival de Música Popular” da mesma e ficou com o primeiro lugar na categoria “Solista Vocal” e o prêmio de “Melhor Arranjo”. 

Já participou de festivais pelo Brasil, recebendo premiações com o quarteto vocal Karallargá do qual faz parte e recém lançou seu primeiro CD, é cantora e percussionista do quarteto feminino Julietas, tendo participado do renomado “Festival de Inverno de Paranapiacaba” e abrindo o show da cantora Paula Lima, ambos no ano de 2007. 
Participa do trabalho cancional do contrabaixista Rogério Botter Maio. No projeto "Saraivada", com o violonista e compositor Chico Saraiva e ao lado do percussionista Ari Colares, canta e toca percussão, assim como no grupo de forró de Zé Pitoco, onde faz vocais e também percussão ao lado da cantora Luciana Alves. Já cantou com grandes músicos como Toninho Ferragutti, Cléber Almeida (Trio Curupira), Arismar do Espírito Santo, Michel Leme, Filó Machado e outros.
Em 2010, foi convidada para gravar vocais no CD do “Trio Macaíba” (Beto Corrêa, Cléber Almeida e Ramon Vieira), do qual participaram também grandes nomes da música brasileira como Dominguinhos, Fábio Leal (Mente Clara), Fábio Gouveia (Trio Curupira), Nailor Azevedo – Proveta, Hermeto Paschoal, entre outros.
No mês de Julho deste mesmo ano participou do "I Festival da Canção - Em Cantos" da cidade de Ourinhos e, interpretando juntamente com os músicos Filipe Maróstica (que fez também o arranjo), Paulo Almeida e André Grella ficou com a primeira colocação com uma música sua e letra de Paula Mirhan. Em novembro do mesmo ano, na inusitada formação de baixo e voz com Filipe Maróstica, ficou com o quarto lugar na colocação geral e com o prêmio de Melhor Intérprete no Festival Botucanto.
Em Abril de 2011, tocou com o Grupo Karallargá na Virada Cultural (SP) e durante o ano fieram varias aresentações em Unidades da rede SESC do Estado de SP e em Julho do XI Festival de Inverno de Paranapiacaba. 
Desenvolve o trabalho em DUO com o baixista Filipe Maróstica, que em uma apresentação em Dezembro de 2011, contou com os convidados multi-instrumentistas Filo Machado e Zé Pitoco.
Dentre as apresentações do primeiro semestre de 2012, destacam-se: apresentação com o projeto “100 anos de Luiz Gonzaga” na Festa Junina no Viaduto do Minhocão (SP), apresentações com o grupo Karallargá em unidades do SESI pelo interior de SP, espetáculo poético-musical “Viniciarte” realizado no IX Festival da América do Sul em Corumbá (MS) e apresentações com o seu trabalho solo no Sesc Vila Mariana."


Vanessa está lançando seu primeiro Cd, que tem por título "Vem Ver". Dá uma olhada no teaser!
https://www.youtube.com/watch?v=5zBC8al5VCc

Me diz, instiga ou não instiga?
É, ou não é, mais um nome da Nova MPB brasileira!
Só posso desejar SUCESSO à boa música!

Élida Regina

quarta-feira, 5 de junho de 2013

Vire a Mesa!



É triste estar no engesso do compromisso, da falta de gosto e de vontade. Não existe êxtase e muitas vezes nem aprendizado. É um corpo, arrastado pelos pés, com muita dificuldade, demonstrando seu desânimo e recebendo de troco inquietação, infelicidade, rancor e tristeza. Fazer o que não gosta, o que não tem prazer, é como jiló cozido... Amarga. Amarga as horas, os dias, os meses, os anos... A vida!
E a vida, já afetada pela amargura e acorrentada pela obrigação, pela responsabilidade e pelo outro, não dá muita alternativa pra recomeçar. É preciso muita coragem pra não morrer na amargura. Exige- se determinação e aberturas. Não é possível zerar tudo, sem dar um passo atrás. Com coragem, ganha-se lá na frente. 
Varias áreas da vida podem nos incomodar, pode ser uma amizade, um curso, um relacionamento ou qualquer outra coisa, mas o que mais pega, é sem dúvida, o emprego e questões atreladas as necessidades. Dois quesitos, que a política está intrínseca juntamente com suas contradições e amarras. Política, falso moralismo e sistema econômico na vida pessoal se torna um emaranhado difícil de desfazer. Uma reflexão daqui, outra dali. E a gente foge de uma coisa e se joga nos braços de outra, mostrando que é impossível  fugir da contradição. Não existe liberdade, são apenas opções. Opções num labirinto, que torcemos numa aflição agonizante para encontrar a saída. 
Pra mim mesma, eu digo:
Pra não morrer na amargura, no labirinto... Vire a mesa, faça o que parece loucura!  Lembre-se: "As vezes é necessário, um passo atrás, para dar dois a frente!"


Élida Regina

domingo, 2 de junho de 2013

Junho


Aaaah! Essa contagem em ciclos...

Um passo de cada vez e a gente vai alcançando. Muda-se o ciclo e a gente entra na contagem regressiva pra um momento aguardado, batalhado. Mais um mês começando e pensamentos se moldando. Cada dia que vai é um aprendizado, ou deveria ser. Dias mortos também vão e vem o lamento de ter passado em vão. Mas esse junho é especial... frio! 
Dias frios me deixam "encasulada". Os pensamentos se focam em si mesmos. A vida se contrai nela mesma. Sâo ótimos pra nos presentear com idéias ou apenas preguiça.