A vela apagada
A vida parada
A taça regada
A bebida entornada.
Sentir se bêbada
É entrar em si mesma
Encarar com clareza
A real natureza.
Eu rodei meu universo,
Vi a vida em seu inverso
Nem pensei no resto
E abracei em protesto.
Desejar o futuro
É querer o mundo
Mergulhar no profundo
Mesmo no escuro.
O choro escorrido
O lamento exibido
O erro polido
É reflexo, do trajeto escolhido.
A saudade é veneno
Sutil e elegante como o vento
Corrói em seu tempo,
Destrói por dentro.
Nem sempre, o sonho é bonito
Nem sempre é colorido
Nem sempre é dolorido
Não precisa ser sofrido.
Ninguém é Feliz por Completo
Se tem um pouco falta o resto
Se não tem pretexto
Tem excesso...
De vida!
Élida Regina
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