sábado, 27 de abril de 2013

A MÚSICA EM SUA IMENSIDÃO e eu!!


Ela ecoa num universo vago e preenchido, que é só meu.
Ela me atinge com a força de uma flecha e  faz minha alma desaguar, como um mar, em qualquer lugar.
Ela não me conhece, e eu não posso viver sem ela!

E eu... Não consigo controlar.
A persigo, a sequestro, sem resgate de outro requerer. É ela, apenas ela, com suas sensações que quero.
A quero impregnada em mim...
Na minha alma.  Na minha pele.
Onde eu for... Em parceria com a alegria que em momentos sinto. Com a angustia que constantemente sinto. Com a reflexão que sempre faço. Com a nostalgia que trago.


A MÚSICA... e eu, pequenininha perto de sua imensidão, louca para que ela se transforme em ondas gigantescas e me arraste consigo.
Ansiando ser envolta por ela, como as chamas em produtos inflamáveis.
Trago-a comigo e a trago em fumaças e resquícios.
Sonho, que as tragadas em volumes e sons,  se transformem  em pintura no céu, no ar, no respirar.
Quero, que as experiências e emoções de outrem, como tatuagem, fiquem marcadas em mim.
Desejo, que mesmo sem técnica, mas com história e sentimento, ela use a sua delicadeza para penetrar o labirinto fino, escuro e dúbio que é o Eu.


Élida Regina

Texto publicado no projeto palavra é arte- poesia 100 ed.

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