sábado, 27 de abril de 2013

Ah! o amor... e suas (des)construções!

Vai que ele entre em minha vida devassando tudo que encontrar, destruindo toda falsa convicção que em mim possa estar.
E se me levar até o campo da incerteza e me deixar sem certezas, a pensar? E se ele vier de longe cheio de histórias pra contar? E se ele trouxer uma sensibilidade em seu olhar e eu me sentir trêmula toda vez que ele me olhar?

Vai que ele me convença que viver é melhor que teorizar e que estou amarrada num ângulo sem vivenciar.
E se com ele eu encontrar o companheirismo e a amizade pra variar? E se ele me entender com todas as complicações que tenho no meu ser? E se respeitar  os momentos que quero me preservar?

Vai que ele adentre a minha alma e me convença que viver é sonhar e sonhar é viver.
E se aceitar os detalhes espalhados nos gestos, nos olhares e no falar? E se ele me mostrar que a rejeição é punição e eu mereço amar? E se provar a relação entre o discurso e a ação?

Eu sonhei com você?

É.. você entrou na minha vida!
Devassou tudo que encontrou, destruiu minha falsas convicções e me deixou a pensar. Me convenceu que viver é melhor que teorizar.Se tornou meu companheiro e meu amigo. Entendeu todas as minhas complicações. Respeitou meus momentos de preservação. Me mostrou como é bom amar e provou que sabia amar.

É... mas mesmo assim, me provou que não poderia deixar de me magoar. Que não foi sincero ao negociar. Que é capaz de enganar. E até dissimular!
Me fez chorar!


E depois...
Me provou que podia se amargurar. Encarar o fato de errar. Se arrepender por me enganar.

E todos os dias...
Uma sombra a nos rondar. Uma marca, sem condições de apagar!!




Élida Regina



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